A Arte da Negociação
- Diná POL Aguiar
- 14 de abr. de 2017
- 3 min de leitura

William Ury, inicia sua palestra TED - The walk from "no" to "yes" - (“A caminhada de não a sim”) - contando uma das suas histórias de negociação favorita, a história de um homem que deixa seu rebanho de 17 camelos para seus três filhos como herança:
- Para o primeiro filho, deixa metade dos camelos.
- Para o filho do meio, ele deixa um terço dos camelos.
- Para o filho mais novo, deixa um nono dos camelos.
Os três filhos iniciam uma forte negociação sobre como fazer a divisão, porque 17 não se divide por dois, nem por três, nem por nove. Os ânimos se exaltam, quando finalmente têm a ideia de pedir ajuda a uma sábia anciã. Ela escuta seu problema e diz:
"Bem, eu não sei se posso te ajudar, mas se você quiser, pelo menos você pode ter meu camelo."
De posse de 18 camelos:
- O mais velho fica com a metade: 9 camelos.
- O filho do meio fica com sua terça parte:6 camelos.
- O filho caçula fica com a nona parte: 2 camelos.
Resultado: 9+6+2=17.
O camelo que sobrou é devolvido à sábia idosa .
Essa história mostra, como muitas vezes para se chegar a um acordo em negociações e conflitos que parecem impossíveis de resolver, sem solução aparente à vista, é necessário fazer uma trégua, muitas vezes recuar, esfriar a cabeça, encontrar o 18º camelo.
William Ury conta que ele passou um mês com San Bushmen do Kalahari para estudar como resolver conflitos, antes de ir para a África do Sul fazer um trabalho de negociação.
Os San Bushmen usavam flechas com veneno mortífero para caçar.
Quando eles enfrentavam um conflito, o que eles faziam?
- Escondiam as flechas de veneno.
- Sentavam-se em um círculo e começavam a falar e ouvir, muitas vezes durante dias. Eles não descansavam até que juntos alcançassem uma solução e uma reconciliação.
- Se depois de todo esse tempo, uma das partes continuava exaltada, eles eram enviados a visitar parentes por alguns meses.
Como o meu foco é relacionamento interpessoal, principalmente familiar e conjugal, logo fiquei curiosa para pensar como essas histórias poderiam ser úteis para lidar com as nossas mais profundas diferenças, tendo em conta a tendência humana para o conflito e a capacidade humana de se destruir mutuamente.
A conclusão normal é buscar analisar os dois lados do conflito, porém frequentemente não conseguimos ver que há sempre um terceiro lado, além do esposo X esposa; há um terceiro lado: os filhos, a família, os amigos, a comunidade.
O terceiro lado pode dar uma ajuda importantíssima mostrando às 2 partes do conflito, o que realmente está em jogo.
O conflito faz com que as pessoas percam perspectiva e simplesmente tenham reações, assim o terceiro lado pode lembrar as partes envolvidas, argumentando para ir para um lugar de perspectiva - que William Ury chama de "varanda", lembrando-lhes para parar de lutar e começar a falar, se é para o bem das crianças ou a família ou a nossa comunidade ou ao futuro.
Momento Coaching
Em situação conflitiva o que se pode fazer?
1.Tentar encontrar o “18º camelo”, uma ajuda, uma solução fora do foco em questão.
2.Buscar o terceiro lado, em um conflito não há somente as 2 partes, mas há uma terceira parte.
3.Comunicação é a técnica de solução de conflitos.
4.Ir para a “Varanda”, dar um tempo, mudar de ares, esfriar a cabeça, refletir sobre todo o sistema envolvido na questão.
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