Âncoras

Âncora é uma palavra de origem grega ágkyra.

Âncora indica uma peça maciça de ferro, pesada e com muita resistência, formada por uma argola e duas ou mais pontas. A âncora é ligada a um cabo e depois é atirada ao mar ou rio servindo para manter firme a embarcação.

Âncora também é usada como metáfora para abrigo, proteção, firmeza, esperança, estabilidade, fidelidade, tranquilidade e força ou apoio.

A expressão "levantar ou lançar âncora" também pode ser usada de forma figurada para indicar o ato de se fixar em um determinado lugar ou de partir para outro local.

Em Hebreus 6.19, se refere à esperança na promessa de Deus: "Temos essa esperança como âncora da alma, firme e segura..."

Partindo dos experimentos de condicionamento clássico de Pavlov, que ao apresentar carne e tocar a campainha observou que depois de um tempo, ao tocar a campainha o cachorro salivava, mesmo sem a carne, a PNL (Programação Neurolinguística) chamou de "ancoragem" ao processo de associar reações internas com algum gatilho externo ou interno. A sugestão que serve de âncora psicológica não é apenas um estímulo mecânico que causa uma resposta , mas é também um ponto de de referência que ajuda a estabilizar um estado emocional.

Para se estabelecer “âncoras”, é importante levar em conta alguns aspectos:

1. Ela precisa de reforço para não ser extinguida. Se Pavlov depois de um tempo não voltasse a dar comida enquanto tocasse a campainha, e somente tocasse a campainha, o cachorro iria parar de salivar.

2. Para se ancorar uma sensação depende da riqueza e da intensidade da experiência.

3. Depende da clareza da experiência, isto é, experiência que você está tentando ancorar não pode ser "contaminada" por outros pensamentos irrelevantes ou conflitantes, por outras sensações ou reações.

4. Singularidade do estímulo, isto é, evitar estímulos comuns.

5. Timing do estímulo e da reação: a campainha vem antes da salivação ao comer a carne. A PNL ensina que o estímulo deve ser iniciado quando a reação a ser ancorada atingir seu valor máximo e deve ser mantido até a sensação gerada começar a diminuir.

6. Âncoras Naturais - As pessoas são mais susceptíveis a uma determinada associação que outra: por exemplo, ela pode ser mais visual, olfativa, auditiva ou cinestésica.

Durante a nossa vida podemos “ancorar” sensações boas e sensações ruins, mas a boa notícia é que podemos “desinstalar” as sensações ruins.

Na prática, como podemos instalar “âncoras psicológicas’ que nos devolvam segurança, alegria, confiança?

1.Escolha um “gatilho”

Escolha um gesto ou um sinal para associar à sensação que queremos provocar. Esse gesto ou sinal é para que o cérebro entenda que é hora de provocar as emoções desejadas. Você deve escolher algo que possa fazer em público sem que chame a atenção dos demais.

Ex. Fechar a mão (de preferência a não dominante).

2. Escolha um acontecimento que lhe faça sentir como você deseja: confiante, alegre, seguro…

Escolha um momento em que você não será interrompido, desligue o celular, feche os olhos, relaxe, respire... Lembre do momento e tente revivê-lo da forma mais real possível, com a maior riqueza de detalhes.

Invente se necessário, o importante é a sensação que você deseja sentir e as reações fisiológicas que surgirão no seu corpo.

Você pode imaginar algum amigo ou um “herói” seu que tenha as qualidades que você deseja experimentar, imagine como ele se sente.

3. Associe o sentimento com o “gatilho”

Ao experienciar ao máximo a sensação desejada (por exemplo, coragem, segurança, alegria… ) acione o gatilho, isto é, faça o sinal ou gesto escolhido, por ex. fechar a mão e mantenha por cerca de 10 segundos ou até a sensação diminuir.

Repita o procedimento pelo menos 3 vezes.

4. Repita este procedimento durante 7 dias.

Você pode usar a mesma lembrança ou outras experiências que lhe tragam os sentimentos que você deseja sentir. Procure sentir com maior intensidade que as vezes anteriores, isto é para amplificar suas sensações, você deve usar a imaginação.

5. Experimente a sua Âncora.

Em qualquer momento do seu dia, faça o gesto e experimente viver as sensações que sente na hora dos exercícios. Se sentir com pouca intensidade, imagine o que deveria estar sentindo.

Lembre-se:

1.Quando você fez os exercícios, seu cérebro criou novos caminhos neurais.

2.O cérebro não distingue imaginação de realidade.

Toda a vez que você repete os exercícios ou imagina a sensação que você deseja ter, você estará reforçando o caminho dos neurônios, até ficar uma trilha muito forte.

Você também pode imaginar o momento em que você deseja acionar a âncora: o momento da entrevista, de fazer um prova, de falar com alguém… para testar e reforçar a sua âncora.

É como em uma maratona, você treina muito, antes de enfrentar os 42 km de caminhada, ou os km de corrida.

(Fonte: www.significados.com.br; www.nlpu.com de Robert Dilts)

Momento Coaching

Pense em uma virtude que você deseja adquirir: ser mais confiante, mais seguro ao comunicar uma ideia, ao falar com alguém.

Então, que tal colocar em prática?

Pois conhecimento sem ação não leva a lugar nenhum!

Quando você praticar os exercícios e conseguir os resultados desejados, que tal compartilhar nos comentários abaixo?

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