Enfermidade do Século XXI
- Diná POL Aguiar
- 17 de fev. de 2017
- 3 min de leitura

Em 1880, uma em cada sete pessoas morriam de tuberculose. Não se tinha ideia a causa da tuberculose. Foi somente no dia 24 de março de 1882, que o médico alemão Heinrich Hermann Robert Koch anunciou a identificação do bacilo causador da tuberculose, o bacilo de Koch.
Em 1950, já sabíamos que a tuberculose era causada por uma infecção bacteriana altamente contagiosa, na busca da sua cura, acidentalmente foi descoberta a iproniazida, que pelos efeitos de exaltação do humor observado nos pacientes, descobriu-se o primeiro antidepressivo. A partir de 1950 descobriu-se a cura para a tuberculose e hoje ninguém mais vai para sanatórios e sim o tratamento é ambulatorial.
“Muito do que era verdade no início dos anos 1900 sobre doenças infecciosas, podemos dizer agora sobre transtornos psiquiátricos”. Hoje estamos enfrentando uma “epidemia de transtorno do humor como depressão ou Transtorno de estresse pós-traumático. Um em cada quatro de todos os adultos nos EUA sofre de transtorno mental…. Depressão já superou a AIDS, malária, diabetes e guerra como a principal causa de deficiência em todo o mundo. E também, como a tuberculose na década de 1950, não sabemos o que a causa. Uma vez que desenvolvido, é crônico, dura toda a vida, e não há curas conhecidas”.
O segundo antidepressivo, um histamínico, a imipramina, também foi descoberto por acidente, em 1950. Porém, ambos apresentam efeitos colaterais terríveis: toxicidade hepática, ganho de peso de mais de 50 quilos, suicídio. Ambos aumentam os níveis de serotonina, que é um neurotransmissor.
Há 30 anos chegou o Prozac, inibidor seletivo da recaptação da serotonina, melhores do que as drogas que vieram antes deles, mas ainda têm muitos efeitos colaterais, incluindo ganho de peso, insônia, suicídio - e eles levam muito tempo para trabalhar, algo como quatro a seis semanas e não funcionam e muitos pacientes.
Hoje ainda não temos drogas para curar quaisquer distúrbios do humor, apenas medicamentos que suprimem os sintomas, da mesma forma que um analgésico alivia a dor mas não cura a infecção.
Ultimamente, foi descoberto o Calypsol, droga que trabalha dentro de algumas horas ou um dia, e não trabalha na serotonina, funciona com glutamato, que é outro neurotransmissor. Foi tradicionalmente utilizado como anestesia em cirurgia.
Em 2013,Rebecca Brachman, na Universidade de Columbia, estava trabalhando com sua colega, a Dra. Christine Ann Denny, e estavam estudando Calypsol como um antidepressivo em ratos, quando concluíram que apesar de não saberem o que causa a depressão, encontraram que o estresse é o gatilho inicial em 80 por cento dos caso de depressão.
Essa capacidade de experimentar estresse e ser resiliente e não desenvolver depressão ou PTSD é conhecido como resistência ao estresse, e que varia entre as pessoas. Elas descobriram acidentalmente a primeira droga que melhora a resiliência.
"É possível que 20, 50, 100 anos a partir de agora, vamos olhar para trás, olhar para a depressão e PTSD da forma como olhamos para trás e vemos a tuberculose e os sanatórios como uma coisa do passado. Este poderia ser o início do fim da epidemia de saúde mental. Mas como um grande cientista disse uma vez, "Só um tolo tem certeza de qualquer coisa. Um homem sábio continua adivinhando". (Fonte - TED Rebecca Brachman: Could a drug prevent depression and PTSD? - Uma droga pode prevenir depressão e PTSD?)
Analisando essa palestra, fiquei pensando: O que podemos aprender dessa pesquisa?
O que faremos enquanto se espera 20, 50 ou 100 anos para se ter uma droga que cura a depressão?
Momento Coaching:
Se o stress é um fator desencadeante da depressão, como podemos encarar o stress em nosso dia a dia?
Não seria trabalhando o nosso Mindset? Construindo uma atitude mental que busca a reflexão, a cura interior, a meditação, o acalmar a conversa interna, o relaxamento e respiração como prática diária?
Deixe um comentário, deixe sua opinião, deixe seu questionamento e... Compartilhe, quem sabe você vai ajudar a um amigo!!!

Comments